sábado, 18 de fevereiro de 2012

A virtude na responsabilização

Se até há bem pouco tempo encarava a ausência de cartões como algo natural nas camadas em causa, afrontando o "ralhete" do árbitro ao atleta prevaricador como sentença suficiente ou, no limite, a exclusão temporária ou definitiva daquele na partida em questão, hoje, já não estou tão certo de tal.

O sistémico avolumar de situações marginais à normal e salutar cordialidade desportiva - que muito me tem espantado no escalão em foco - fizeram cair por terra a medida da pena que antes detinha como bastante, i.e., satisfatória.

Por mim, digo-vos, cartões já! Puna-se a intransigência maldosa, a conduta antidesportiva, a má-fé e, sobretudo, a violência. Siga-se pelo caminho da responsabilização dos atletas e clubes, encarada como um exercício de transição para escalões superiores, onde já impera o sistema disciplinar cartonado.

Imagine-se, pondere-se a utilização duma doutrina disciplinar adaptada ao escalão etário, por exemplo, à semelhança do que é praticado noutras modalidades, com a exclusão temporária do atleta faltoso durante X tempo, mas penalizando a equipa com a sua ausência, por forma a servir quer como meio dissuasor, quer como catalisador à intervenção pedagógica.

Querendo, os cenários são vários. Opte-se pelo mais adequado, mas façam-no de modo a comprometer e a vincar que isso se nota,  e, claro, se não der muito incómodo, a produzir efeitos.

A disciplina e a conduta desportiva salutar devem imperar sempre.

Pronto. Está dito. Estava atravessado...

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